Publicado em: 07/10/2017 - Autor: Roselene Borges Kopak

Recebemos em nosso seio familiar os filhos. Tudo muda, pois recebemos seres que precisamos preparar para a vida, este processo começa no momento em que a mãe tem a maravilhosa notícia de que está grávida, inconscientemente o movimento naquela família começa mudar.

Os planejamentos começam a serem outros, ou seja, é uma nova vida, um serzinho vindo e totalmente dependente dos pais. Neste momento, muito mais dependente da mãe, pois será ela quem vai gerar, cuidar, trocar emoções e sensações durante nove meses. Um grande aprendizado de amor e doação. Doação até mesmo do corpo que muda a cada dia sem que a mãe reclame, pois ela pensa somente no bem estar deste pequeno ser que está vindo e cada dia que passa se aproxima a sua tão esperada chegada. Quando nasce, a família muda novamente, não porque os pais querem, mas porque tem um novo integrante na família que precisa de todos os cuidados e atenção, principalmente da mãe nos primeiros meses de vida em tempo integral, onde mãe e filho estão praticamente ligados um ao outro até o filho entender que pode, de alguma maneira, fazer algo sozinho.

Receber um filho no seio familiar, educar, amar e prepará-lo para alçar voos, requer fazer escolhas e sacrifícios. Se analisarmos que na vida só podemos optar por um caminho, não é fácil abrir mão muitas vezes do lazer e encontros sociais para dar atenção aos filhos. Na vida não existe dois tempos... Existe somente o tempo presente, o amanhã ainda está por vir.

Estar sempre presente para os filhos e vivenciar sua vida é como se os pais se antecipassem a uma escolha, pois se os pais conhecem seu filho, eles sabem como conduzi-los e o que cobrar dentro das possibilidades e limitações de cada um e assim dia a dia estará construindo juntamente com seu filho o passo seguinte de sua caminhada de aperfeiçoamento aqui na terra. Jamais os pais poderão entender o que seu filho sente se não participaram de sua vida desde o momento que ele começou a ser gerado no ventre de sua mãe. E é preciso acompanhar gradativamente as fases de crescimento do filho, pois somente isso lhe possibilitará andar lado a lado, aconselhando e encaminhando-o para o futuro.

Até mesmo na infância com o aprendizado lúdico, o filho escolhe muitas vezes com quem quer brincar, por isso, nesta fase a importância da figura masculina que inspira respeito e autoridade para interagir com o filho, pois é ali naquela brincadeira inocente e acolhedora que o filho desperta para escolha profissional inconscientemente. Esses momentos de brincadeiras com os pais ficam guardados na memória e afloram geralmente na idade adulta, onde o filho sem se dar conta já tem um encantamento por uma profissão, muitas das vezes já ensaiada quando criança. A idade lúdica do filho é como uma faculdade em tempo integral, pois são nestes momentos de alegrias, sorrisos, abraços e palavras afetuosas que eles vão construindo um mundo mais seguro e acolhedor.

Os filhos que participam destes momentos com seus pais, crescem mais preparados para vida em sociedade, são mais seguros e não terão medo do mundo externo que vão enfrentar no futuro.

Quando nos tornamos pais