Publicado em: 22/12/2018 - Autor: Roselene Borges Kopak
Quando entra o mês de dezembro as pessoas, o comércio, a cidade como um todo começa a organizar-se para o tão esperado natal. A sensação que temos é que estamos vivendo em outra época, parece que dormimos numa época e acordamos em outra, esta é a sensação que a maioria das pessoas sente, a pergunta que paira no ar é:
Porque nesta época as pessoas agem, pensam e até se tratam de maneira diferente?
Quando falo de maneira diferente é que parece que os ânimos se acalmam, a sensatez fala mais alto, a paciência parece ser mais fácil de exercitá-la, o falar manso parece ser natural, o sorriso é espontâneo, as pessoas interagem mais, conversam mais, se comunicam mais, se entendem mais, pedem desculpas com mais naturalidade.
O que será que acontece nesse meio que estamos vivendo e convivendo o ano inteiro que quando chega próximo do natal todos mudam seu comportamento ou pelo menos se tornam mais sociáveis? Realmente o clima natalino contagia e traz para as pessoas nesta época uma energia que paira no ar, onde muitas pessoas se voltam para pensar em Jesus Cristo e no seu nascimento, no seu amor, na sua compaixão pelo povo, na sua vivência na terra, na sua caminhada voltada para o bem, no seu amor pleno de misericórdia por seus irmãos filhos do seu pai, pois somos todos irmãos já que somos filhos do mesmo Pai.
Jesus foi fonte de água viva onde todos que dela bebiam se curavam, seja das dores físicas ou das dores da alma, Jesus sempre olhou para todos com o mesmo olhar de amor pleno por um povo sofrido, por um povo que pedia por justiça, por um povo que clamava uma vida melhor, por um povo que o seguiu e sempre acreditou no seu amor, sua caminhada terrena não foi de vitórias e sim de luta pelo ensinamento do amor pleno a todos aqueles que o procuravam como um alento nos momentos mais difíceis.
Jesus foi gerado num ventre, nasceu de uma mãe mulher numa manjedoura onde o céu foi seu manto, onde ele poderia ter nascido em berço de ouro, num palácio cheio de amas para lhe cuidar, mas ele nasceu num lugar simples vestindo roupas simples, numa manjedoura onde seus pais eram pessoas simples do povo, ele precisou ser alimentado como qualquer criança, precisou de cuidados de uma mãe e de um pai, ele foi criança, trabalhou desde cedo ajudando José seu pai, ele foi obediente, ele foi amoroso, ele foi um ser enviado por Deus para nos mostrar que mesmo ele “filho do Altíssimo” sem nenhum resgate, sem nenhuma expiação, mesmo assim foi provado e sentiu o ódio do povo, o temor do povo, o medo de alguns, pois não conseguiam conviver com um homem que em sua volta só havia Luz e Amor.
Jesus mesmo sem ter cometido crime algum foi condenado, mesmo ele sabendo que estava sendo acusado injustamente ele carrega sua cruz sabendo que nela seria crucificado, muito antes do povo lhe condenar ele já sabia o que iria acontecer e se preparou para este momento onde ele seria crucificado e exposto as dores do mundo terreno, ele não pediu por clemência, ele não tentou fugir, ele não lamentou pelo que estava acontecendo, ele não revidou, ele não condenou ninguém.
O que aqueles que o condenaram queriam era que ele de alguma maneira reagisse, mas ele somente silencia, pois no seu silêncio o povo presencia e se compadece de seu sofrimento. Jesus sabia que se ele quisesse, poderia subir aos céus e não passar por todo aquele sofrimento, ele não precisava passar, mas o povo precisava, o povo precisava ver, o povo precisava sentir as dores, porque Jesus não sentiu dores, pois ele era um Ser de Luz.
Maria sua mãe, aquela que o carregou nove meses no ventre e depois carregou por muito tempo no colo, aquela que o alimentou o ensinou a caminhar, o ensinou como qualquer criança a brincar, teve que neste momento de muita dor andar ao seu lado quando seu filho único carregava sua cruz com a cabeça cravejada de espinhos, e sentindo que seu filho não queria que ela sofresse mesmo no momento onde a cruz cai e ela se lembra do seu tombo quando criança e sai correndo para socorrer e o pega no colo e o abraça, mas neste momento, ele homem feito, sendo hostilizado e ela nada pode fazer. Maria se abaixa e pede para ajudar ele a carregar a cruz e ele não aceita, pois sabe que esta cruz é sua, ele deve carregar até o destino onde será crucificado. Como uma mãe, reage num momento de tanta dor, Jesus seu filho sente a sua dor de mãe, sente e presencia suas lágrimas, mas sabe que tudo tem um propósito maior de ser, ele tem o conhecimento de que é “amor em essência” enviado a terra para nos salvar e nos ensinar a amar primeiro a Deus, segundo ao próximo como a nós mesmo.
Maria, mulher, mãe... Quantas Marias têm nas noites de natal...
Quantas Marias procurando seus filhos perdidos na droga, no vicio, no desvio, na vida fácil...
Quantas Marias nesta noite estão rezando e clamando para nada acontecer com seus filhos que escolheram o caminho do erro, do crime, da discórdia.
Quantas Marias passam o natal chorando por não saber onde seus filhos estão.
Quantas Marias vão se deitar mais cedo para não ver os fogos, as luzes e as músicas alegrando mais uma noite de natal.
Mas Maria mãe de Jesus, esta foi mãe de um espírito de luz que mesmo espalhando somente o amor foi crucificado no meio de dois ladrões, e mesmo diante de tanta dor ele ainda clama a Deus seu pai pedindo “Pai, perdoai-os porque eles não sabem o que fazem.” Jesus é capaz de defender os homens até o fim. Conhece seus pensamentos, escuta seus corações e apela à misericórdia do Pai por eles. Maria mãe, neste momento de dor, como não ver aqui a ternura querendo salvar seu filho? Mas JESUS queria salvar inclusive os que o condenam, Jesus nos mostra e nos ensina que nunca devemos pagar o mal com o mal, e sim fazer o bem sem olhar a quem.
Aqui vemos o limite do amor de Cristo. Amar sem limites! Mas na morte, consuma-se também o que Cristo veio fazer neste mundo. Cumprir a vontade do Pai. - Jesus certamente aguentou a flagelação, a paixão e morte porque estava “bem alimentado/suprido do amor em essência“, Jesus nunca se desviou dos caminhos dos desígnios do Pai. Jesus viveu toda a sua vida correndo atrás das ovelhas perdidas que somos você e eu.
Natal é uma noite seguida de um dia onde deveríamos dedicar à memória do nascimento do Menino Jesus Cristo. Esta oportunidade deveria atravessar as barreiras das denominações religiosas e trazer ao meio, uma dupla experiência: Nascimento e Renascimento.
Façamos da nossa vida um constante renascimento. Que o natal seja o início de um constante e permanente sinal de partilha, alegria, respeito e fé. Vamos lembrar que não estamos na terra passando férias e cada ser racional tem uma missão a ser cumprida em relação ao tempo presente, esta missão começa aqui e termina do outro lado do caminho.
Somos convidados mesmo que inconscientemente a vivenciarmos o que fizemos, fazemos e o que faremos. Portanto, o NATAL não é meramente tempo de partilharmos presentes materiais, é tempo de mostrarmos através da vivência espiritual terrena que sem o fundamento da criação Divina, nada somos e nada teremos e nada faremos.
Que neste Natal em especial possamos dar o VERDADEIRO significado e ao invés de fazermos um Natal de ENFEITES, que possamos viver um Natal de AFETOS, onde o verdadeiro aniversariante nada pede de presente material e sim clama por Amor na sua forma plena e simples.
Que possamos abrir as portas dos nossos corações para um Natal de AFETOS...
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Muita Luz!!!
Rotinas Saudáveis é uma empresa de consultoria que atende pessoas e famílias, aplicando atividades de apoio para solução de conflitos. Muitas vezes entender um pouco mais sobre nossa vida já é suficiente para aliviar o excesso de peso psicológico que carregamos sem perceber.