Publicado em: 03/10/2019 - Autor: Roselene Borges Kopak
Segundo nosso amigo dicionário...
Família é o conjunto de pessoas que possuem grau de
parentesco entre si e vivem na mesma casa formando um lar; - a
família é considerada uma instituição responsável por promover a educação dos
filhos e influenciar o comportamento dos mesmos no meio social.
“Tal a missão que vos está confiada, e cuja recompensa recebereis, se
fielmente a cumprirdes”. Segundo Jesus.
A família é a célula básica da
sociedade. Quando a família se desestrutura a sociedade tomba. A
importantíssima missão dos pais é de educar seus filhos formando-os para
viverem mais tarde na grande sociedade. Para isso é necessário, considerar a
educação em todos os aspectos interligados do seu ser: Físico, energético,
emocional, mental, moral, espiritual e social.
É no seio familiar que são
transmitidos os valores morais e sociais que servirão de base para o processo
de socialização da criança, bem como as tradições e os costumes perpetuados
através de gerações. O ambiente familiar é o local onde se faz necessário afeto, proteção, segurança, confiança e todo o tipo de apoio necessário na resolução
de conflitos e problemas existentes, proporcionando assim uma unidade
familiar equilibrada e harmoniosa.
Família é a base da sociedade,
fortalecendo vínculos através do amor incondicional e raciocinado. É o local onde somos convidados a exercitar o Amor, aprendendo a conviver uns com outros. É o laboratório Divino de almas cujo objetivo é nos convidar a aprender o exercício do amor
incondicional.
A família é o educandário do amor
em sua forma plena e integral, sendo os pais responsáveis na educação primeira dos filhos, transferindo ao longo desta caminhada valores
morais e éticos sempre alicerçados no amor em sua forma plena e consciente, já que o filho tem seu pertencimento antes mesmo do berço.
Se a família na sua formação e agregação de pessoas pertencentes ao mesmo núcleo familiar não mudou, então o que mudou ao longo dos últimos anos?
E o que está mudando dia a dia este contexto de família?
- A hierarquia familiar aos poucos foi mudando seu contexto e sua forma de apresentar-se, onde o pertencimento e a ordem estão seguindo um movimento equivocado, faz-se necessário uma educação amorosa acolhendo a todos que chegam sem nenhum julgamento, aceitando o planejamento que já antecede antes mesmo do berço.
Hoje estamos vivendo em uma
sociedade onde filhos estão se colocando no lugar dos pais e pais se colocando
no lugar dos filhos. Há uma inversão de papeis e com isso o desequilíbrio se
instalou em muitos lares. A quem atribuir estas trocas de papeis? Muitos dizem
que é o mundo moderno e tecnológico; outros ainda que as crianças estão
nascendo muito mais inteligentes; outros a falta de tempo para educar em
detrimento do trabalho exaustivo para dar conta de pagar todas as despesas
oriundas de uma educação terceirizada dita de qualidade.
Faz-se necessário uma visão sistêmica para observar com clareza o núcleo familiar e, perceber que a hierarquia da família de origem não é diferente
da família atual. Colocando-se numa linha horizontal um pai e uma mãe nas
relações conjugais (homem e mulher), e na linha vertical seus respectivos filhos sempre na ordem de chegada. Percebam
que os pais antecederam aos filhos numa relação conjugal, pautada em
sentimentos recíprocos de respeito e amor e, consequentemente construindo um lar sob bases fortes com alicerces firmes, e, neste movimento cíclico e amoroso se colocando a disposição para assim receberem ao longo de suas caminhadas filhos que contribuirão para uma
união familiar fraterna.
A relação conjugal ditosa de
êxito é uma parceria. É necessário que ambos os parceiros contribuam com a sua
melhor parte, onde cada qual avance na direção do outro sem esperar que o outro
ceda sempre, desta forma cria-se um circulo virtuoso. Nesta relação têm-se direitos e deveres, é indispensável que
esta tarefa de união, de compreensão, de maturidade, seja recíproca; Quando
existindo respeito mútuo e cumplicidade verdadeira, estabelece-se uma parceria
afetiva profunda, assim o sucesso é inevitável.
Quando desta união ditosa surge o
planejar filhos, a Lei divina é tão
maravilhosa que os filhos são entregues por meio de uma gestação. Um processo
de espera e preparação pelos pais para recebê-lo. Quando do nascimento são
totalmente dependentes dos pais, principalmente da mãe. Quando nos referimos a
dependentes não estamos aqui falando só da alimentação e vestuário, mas também
do alimento vital, aquele que nutre e
sustenta a alma, acalentando e
doando-se quase que em tempo integral até que este filho consiga perceber que
sua mãe já não mais é ele, pois, quando ainda muito pequeno ele (filho) não vê separação
entre ele e sua mãe, sentindo-se unido a mãe; a partir de seis meses ele já se
percebe com algumas habilidades e já descobriu muitas coisas do mundo a sua
volta.
Tornar-se mãe, tornar-se pai, não são escolhas feitas para realizar
um sonho meramente por desejo pessoal e muitas vezes egoisticamente. São
escolhas sérias. Gerar uma vida e depois levar esta vida a ser livre e
independente na grande sociedade é um projeto divino de grandes responsabilidades, comprometimentos e
obrigações... Sim obrigações, pois, somos obrigados a cuidar e zelar de sua
integridade por tempo integral quando de suas necessidades básicas e essenciais.
Agora, transferir estas responsabilidades e obrigações a terceiros, pode no futuro
gerar verdadeiros estados conflituosos, quando não são supridas às necessidades
essenciais e necessárias na tenra idade do filho, que nos é entregue para a
divina missão de educar e fazer deles cidadãos livres e
responsáveis, entregues a grande sociedade que irá acolhê-los mais tarde.
O texto acima menciona inversão
de papeis. A quem atribuir estas trocas de papeis? Muitos dizem que é o mundo
moderno e tecnológico. A tecnologia não
tem volta, cada dia está avançando mais e mais, juntamente com a tecnologia se
faz necessária a informação já que faz parte deste mundo cada vez mais rápido
na divulgação não somente de notícias, como também na questão do consumismo. Se
os pais não podem interferir na tecnologia, podem sim escolher o que seus
filhos vão assistir, principalmente com supervisão quando ainda não tem idade
para discernir o que pode ou não assistir.
Outros ainda dizem que as
crianças estão nascendo muito mais inteligentes. Com certeza as crianças estão
nascendo muito mais inteligentes tecnologicamente. Hoje vemos crianças acessar
celulares sem nenhuma dificuldade enquanto muitos pais operam com grandes
dificuldades este pequeno aparelho. Pais não se enganem, os filhos inteligentes
precisam como qualquer criança ser educada dentro das leis morais e éticas. Não
é ao acaso que nascem pequenas e indefesas, totalmente dependentes de cuidados
básicos e essenciais.
Estamos recebendo “a nova geração
as crianças índigo e cristal”. São crianças portadoras de alto nível de
inteligência, classificadas em quatro grupos: artistas, humanistas, conceituais
e interdimensionais ou transdimensionais. Pais, é uma grande honra tê-los no
seio da família, é um grande desafio, porque são crianças difíceis no trato
diário. São afetuosas, mas tecnicamente rebeldes. Serão conquistadas pela
ternura. São crianças um pouco destrutivas, mas não por perversidade, e sim por
curiosidade.
O que dizer a estes pais diante
de filhos que apresentam estas características - São crianças que devem ser
educadas apelando para a lógica e o bom senso.
A criança deve ser orientada e esclarecida repetidas vezes; é necessário
trabalhar com muito amor, colocando-os no colo, ensinando a orar, orientando
boas maneiras, regras e normas para uma vida saudável, falar com ternura
tornando o coração mais doce, os métodos são os mesmos para tratar as modernas
crianças, todas elas, índigo, cristal ou não.
Outros justificam a falta de
tempo para educar em detrimento do trabalho exaustivo para dar conta de pagar
todas as despesas oriundas de uma educação terceirizada... dita de qualidade; -
O
tempo está sendo colocado em todos os contextos. Hoje muitos pais
precisam se desdobrar em mais de um emprego para dar conta da demanda de
despesas que precisam ser quitadas ao final do mês, mesmo o trabalho exaustivo
para dar condições aos filhos de obter uma instrução escolar de qualidade; de
nada adiantará instruí-los sem ensinar os sentimentos do amor, da compreensão,
da solidariedade, do respeito ao próximo. Somente as bases alicerçadas nos
ensinamentos de ética e moral poderão formar um ego fortemente sustentável
diante das adversidades da grande sociedade que os irá acolher na vida adulta.
Toda a formação do ego de um
filho para que ele mais tarde consiga transitar na grande sociedade discernindo
o que é certo ou errado é construído já em tenra idade normalmente até os sete
anos, onde os pais direcionam seus filhos (processo diretivo), porque a criança
pensa de maneira concreta e precisa ser direcionada para o bem através da
educação. Em toda a sua existência terrena a criança desenvolve três mundos
desde que nasce; o Mundo Bom, o Mundo Belo e o Mundo Real.
Na tenra idade faz-se necessário
a apresentação deste mundo bom, através de pequenas rotinas e hábitos
domésticos dentro do lar como: fazer as refeições todos juntos a mesa, sentar
na sala e conversar como foi o dia de cada membro da família, ler a noite para
seus filhos histórias infantis (contos
de fadas) e sempre que possível contar histórias de sua vivência quando ainda criança, brincar
sentado ao chão no mesmo nível da criança usufruindo deste mundo mágico da brincadeira e do lúdico,
ensaiar contando como foi seu dia de trabalho mostrando sempre o lado bom deste
mundo lá fora, o mundo externo, o mundo do “pai que leva o filho para a vida”;
ensinar a ser colaborador nas tarefas domésticas do lar, fazer o evangelho como
lenitivo do amor trazido como grande ensinamento de Jesus quando na terra
esteve, estudar com seus filhos, conhecer quem são seus colegas mais próximos,
suas dificuldades na vida escolar, suas preferências por livros, músicas,
filmes. Todo este contexto é um ensaio diário de como será sua vida no futuro,
claro que um mundo proporcional ao tamanho da criança.
Muitos pais passam a vida toda sem
conhecer seus filhos, e, de repente algo acontece na vida deste filho, neste momento
da vida “os pais” fazem o seguinte questionamento: eu não conheço mais meu
filho: - será que algum dia conheceu seu filho? Ou será que estão somente de
passeio em suas casas, encontrando ali um lugar para trocar de roupa, se
alimentar e suprir suas necessidades básicas como se ali fosse um hotel. Pais,
o convite ao exercício de amor em família é da maior importância e urgência. É um compromisso firmado muito antes do
nascimento, o papel da família no desenvolvimento de cada indivíduo é semear o sentimento do amor que ficará no
coração de cada filho, onde em terras boas e férteis bons frutos haverão de
colher.
“A medida do amor é amar sem medida”. Santo Agostinho.
Muita Luz!!!!